sábado, 27 de junho de 2009

Gerando Frutos




“Eu Sou a videira, e vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5)

O Evangelho de João, último dos quatro testemunhos bíblicos sobre a vida de Jesus a ser escrito, apresenta um relato profundamente instigante, tanto do ponto de vista espiritual quanto psicológico: ciente da cruz que o aguarda, Jesus encontra ainda um tempo (longo tempo, se dermos crédito às Escrituras) para consolar e confortar os seus discípulos. Jesus tinha estado com eles na última ceia, e acabava de revelar-lhes o que aconteceria nas horas seguintes. Mesmo carregando no peito aflições indescritíveis pelo iminente tormento físico e por suportar o peso espiritual de todos os pecados da humanidade na cruz, Jesus prioriza falar ao coração dos seus apóstolos, deixando-lhes suas últimas palavras de consolo, numa seqüência que vai do capítulo 14 ao 17, e que se encerra com uma oração, onde Jesus abençoa os apóstolos e pede forças para os momentos finais. Esta longa seqüência começa com a expressão: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, credes também em mim” (João 14:1) .
É fundamental olharmos com atenção para estes textos, que contém as últimas palavras de Jesus aos discípulos antes da cruz. Invariavelmente, alguém que sabe que vai partir reúne os familiares e amigos queridos para deixar-lhes suas últimas palavras, com recomendações especiais para seus filhos sobre como gostaria que se portassem no futuro. Como não poderia ser diferente, nestes instantes finais, Jesus deixa uma palavra de encorajamento, e um segredo profundo que quase passa despercebido ao leitor desatento: a forma mais segura de manter um relacionamento perene com Deus: “Eu Sou a videira, e vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15:5).
Aqui, Jesus nos deixa uma lição: o segredo que nos garante o crescimento na vida cristã é somente permanecer ligado a Ele, como um ramo permanece ligado à videira. Bem sabemos que um ramo não pode gerar frutos de si mesmo, se não estiver ligado à videira, de onde receberá a seiva para gerar fruto. Muitos de nós achamos que, para gerar frutos na vida cristã, precisamos fazer longas orações, jejuns e se envolver na prática de boas obras. Tudo isto é válido, mas isso não é causa, e sim conseqüência, de uma vida cristã sadia e eficaz. Tal como o ramo não pode, sozinho, produzir seiva e fruto para si, o cristão não tem como, por seus próprios esforços, atrair o favor de Deus para si. Tudo o que Ele requer de nós é que estejamos ligados à Ele, assumindo nossa dependência de Cristo para prosseguir.. Se de fato fizermos isso, certamente seremos alimentados todos os dias pela seiva do Espírito Santo.
Deus te abençoe abundantemente.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

...E Quando a Ingratidão Vem?



“No mundo tereis aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. (Jo 16:33)

Muitas são as dores e as angústias do ser humano, mas arrisco-me a dizer, baseado em alguma experiência e muita observação, que uma das maiores, com toda certeza, é a frustração gerada pela ingratidão. Conheço pessoas que poderiam ter tido uma trajetória brilhante, mas acabaram deixando que a decepção definisse suas escolhas. E isto também vale para pessoas que, no começo de sua jornada, eram dispostas, alegres, motivadas para servir e ajudar, mas ao longo do caminho, entre uma decepção aqui, uma traição acolá, foram se retraindo e terminaram por desistir, desiludidas por completo, ruminando uma queixa permanente contra traições do passado, permanentemente reacesas pela lembrança amarga.
A maioria das pessoas gosta de ajudar os outros, e sempre imagina que seu empenho em ajudar será proveitoso, nunca se preparando para a possibilidade de se decepcionar. Sei de pessoas que fizeram muito pela sociedade, mas que depois se fecharam por causa da ingratidão alheia. Esta postura é paternal e autoritária, pois não deixa espaço para que o outro, falhe conosco, e quando a falha ocorre, queremos culpá-las. Mas nem sequer paramos para avaliar se essa pessoa a quem ajudamos, estava preparada para reagir da forma como esperávamos.
Se há alguém perito em vencer decepções, é Cristo. Ele depositou total confiança em Judas, a ponto de colocá-lo como o tesoureiro do seu ministério (Jo 12:6). Mesmo ciente de que Judas ia traí-lo, Jesus o distinguiu na última ceia com o pão molhado no vinho (Jo 13:26), o que, segundo o costume judaico, era uma honra especial, como a lhe dar uma nova chance.
Creio que, na multidão de pessoas que xingava e cuspia em Jesus enquanto ele carregava a cruz, havia muitos cegos aos quais ele tinha dado a visão, paralíticos e leprosos que havia curado, e que agora se voltavam contra ele com ódio inexplicável. Mas ao invés de se tornar prisioneiro da frustração e do abandono, Jesus clamou ao Pai que os perdoasse, porque não sabiam o que faziam. Eles estavam, mas não eram cruéis.
Na hora da dor e da frustração, procure não se entregar à tristeza nem ao desespero. Deixe Jesus ser o seu modelo, e entenda que algumas vezes, as pessoas não são cruéis porque querem, mas porque nem sabem como reagir de outra forma. Não deixe a decepção tornar sua vida amarga. Perdoar, nestes casos, é seguir em frente.
Deus te abençoe abundantemente.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Olhe para a Frente!




Muitas pessoas perdem tempo e dinheiro atrás de conselhos equivocados ou receitas “mágicas” de alguns gurus milionários, que enriquecem proferindo palestras sobre auto-estima e outras obviedades, tudo isso sempre com um aspecto muito “moderno” e “atual”. No entanto, a palavra que hoje quero dirigir a você nesta coluna, pode ser considerada até mesmo antiquada, já que o seu autor, o Rei Salomão, viveu há mais de quatro mil anos. Todavia, nada poderia ser mais atualizado do que estas palavras do livro de Provérbios: “Os teus olhos olhem para a frente, e as tuas pálpebras olhem direito diante de ti”. (Pv 4:25)
O que o autor desta frase nos sugere, neste vocabulário rebuscado, pode ser compreendido de várias maneiras. Quando diz “os teus olhos olhem para a frente”, Salomão, o homem mais sábio da história, nos ensina que não seremos vitoriosos na vida se não tivermos um objetivo, um foco definido. Quem tem um sonho hoje, outro amanhã, no final das contas não tem sonho nenhum, e por isso não realiza nada.
Outra maneira de se compreender esta pérola bíblica, é que olhando para a frente, não devemos ficar remoendo o passado. Muitas pessoas determinam suas vidas em função do que seus pais foram, ou do que outras pessoas lhe fizeram no passado. Isto é um erro. Se o passado não deu muito certo, o futuro está intacto. Cabe somente a você escreve-lo.
Ao dizer “as tuas pálpebras olhem direito”, Salomão deixa um ensinamento ainda mais profundo, fazendo uma advertência contra os olhares sinuosos e rasteiros. Sabe aquele gênero de pessoa que não olha ninguém nos olhos? Quem, no entanto, deseja fazer a vontade de Deus, deve aprender a olhar firme, como quem fala a verdade, inspirando credibilidade, para poder viver de fato a fé em Jesus, que é digno de toda confiança. Além disso, olhar “direito” significa não se fixar nos homens e seus defeitos, mas na virtude que emana de Deus, o único que não nos decepciona.
Que Deus te abençoe abundantemente.

(Este texto consta no livro "Sementes de Vitória", do pastor Cláudio Moreira

quarta-feira, 24 de junho de 2009

"Sementes de Vitória" segundo Luciana Carvalho


Ela é uma das blogueiras mais acessadas da região, com o blog "Olhar de Inquietude", uma das novidades mais instigantes da Internet, e fez uma resenha cultural sobre o livro Sementes de Vitória. Vejam aqui o livro na interpretação de Luciana Carvalho.

Em seu primeiro livro, Cláudio Moreira fala da importância da fé e da ação na busca pela vitória

Luciana Carvalho

Quando Cláudio Moreira me convidou para resenhar seu livro, enfatizando que eu deveria fazer uma crítica honesta, senti o peso do desafio. Primeiro, porque somos amigos pessoais, já atuamos juntos na imprensa gabrielense, proximidade que dificulta um distanciamento necessário nessas empreitadas. Segundo, porque sabia que a obra seria fruto de seu posicionamento espiritual, o que a priori me colocava duas dificuldades – embora tenha tido boa parte de minha formação em escola católica, ou seja, tive algum contato com a Bíblia e com o exercício do cristianismo, faço parte daquele contingente de pessoas que se diz “não praticante”; para complicar ainda mais, não tenho familiaridade com o universo evangélico, ou seja, com o campo que situa social e simbolicamente o autor.
Assim, em um primeiro momento, eu não parecia a pessoa mais indicada para o trabalho. Mas, talvez tenham sido justamente esses supostos empecilhos que me levaram a aceitar, com grande satisfação é preciso dizer, o convite. Afinal, foi uma atitude corajosa do conterrâneo entregar a tarefa a alguém com meu perfil, já que seria mais cômodo, como fazem muitos escritores já consagrados, convidar alguém do “meio”.
Feita essa introdução, vamos ao Sementes de Vitória, primeiro livro do autor, reunindo em sua maioria textos publicados na imprensa local de São Gabriel nos últimos anos e em seu blog “Olhar sobre a Verdade”. A obra vem subdividida em sete capítulos temáticos, totalizando 35 artigos que têm em comum uma proposta de vivência que responda aos problemas existenciais de nossa época, tendo como base ensinamentos do livro mais lido de todos os tempos – a Bíblia, e como inspiração central as palavras de Jesus.
Em muitos aspectos, o livro poderia ser enquadrado como literatura de auto-ajuda, mas o próprio Moreira desmonta qualquer tentativa desse tipo. Sua perspectiva é a de um homem de fé, que atua e escreve como Pastor, portanto, seria incoerente que fizesse um livro de “receitas prontas” focadas no “eu posso”. Sua intenção parece ser mais provocativa, pegando o leitor pela mão para que vá encontrar suas respostas em Deus.
O leitor familiarizado com a temática e este tipo de discurso certamente encontrará estímulos para reforçar e orientar sua fé. Já aquele que, como eu, é leigo na matéria e até mesmo um tanto cético, poderá surpreender-se. Quem conhece o estilo do autor sabe que encontrará um texto preciso, direto, eloquente. Mas, mais do que isso, irá deparar com textos pautados por assuntos bastante atuais, que revelam um claro diagnóstico do Homem contemporâneo, que sofre com problemas como depressão, crises de toda ordem, baixa auto-estima, comodismo, violência, falta de perspectivas. A surpresa pode ficar por conta da força dada à ação das pessoas na busca da felicidade, diferente do que ocorre em muitas religiões, ou interpretações erradas que as pessoas fazem delas, quando se esperam milagres caídos dos céus, de braços cruzados, já que “Deus tudo provê”.
Nos artigos e crônicas de Sementes da Vitória, o indivíduo é convidado a depositar sua fé em Deus, mas fica claro que ele não conquista seus objetivos se adotar uma atitude passiva diante da vida. “Crer em Jesus não é um processo passivo. Ele espera de nós atitudes transformadoras, pois são elas que revelam em nós uma fé capaz de atrair sobre nossas vidas o favor de Deus, e nos trazer a vitória”, atesta em um dos textos. Uma atitude transformadora diante da vida marca os escritos de Moreira ao longo das páginas de SV. Sua inovação me parece ser a de utilizar histórias tão antigas quanto as da Bíblia para provocar nas pessoas mais do que esperança, como chega a propor na Introdução. Confesso que ao ler sobre histórias como a de Davi, aquele que enfrentou o gigante Golias, Abraão e seu povo, ou sobre a vida de Jesus, muitas vezes esqueci que estava diante de uma obra escrita por um religioso. São histórias universais, atemporais, que na leitura que faz o autor, tornam-se exemplos de superação, fé, força e otimismo frente às adversidades da vida.

Jornalista, natural de São Gabriel, graduada em Comunicação Social – Jornalismo e especialista em Comunicação Midiática (ambos na UFSM), atualmente mestranda no PPGCom/UFSM.

Reportagem sobre o livro "Sementes de Vitória"




O texto que vai abaixo é do amigo Anderson Almeida, pós-graduado em Administração, membro da Assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal. Eis a notícia dele, enviada a muitos órgãos de comunicação, sobre o livro Sementes de Vitória:


Cláudio Moreira lança seu primeiro livro em Junho
Reportagem: Anderson Almeida

Como jornalista, foi autor de alguns dos mais polêmicos artigos e reportagens já feitos na imprensa local. Como pastor, tem escrito para esta mesma imprensa, já há quase dois anos, mensagens baseadas na Bíblia Sagrada. Alguns chamariam isto de contradição. Entretanto, para o pastor e jornalista Cláudio Moreira, a sede de justiça é a motivação para a escrita, numa e noutra atividade. É um pouco desta trajetória que está presente em seu primeiro livro, "SEMENTES DE VITÓRIA", que será lançado já neste mês de maio, pela editora Pallotti (Santa Maria).
O jovem jornalista-pastor (ou pastor-jornalista?), que também já exerceu diversas funções na administração pública e hoje é coordenador da Secretaria Municipal do Trabalho, Indústria e Comércio, reune em uma só obra artigos e colaborações à imprensa escrita, todas elas versando sobre a temática espiritual. A obra possui sete capítulos e 35 textos selecionados, que abordam as mais variadas facetas do comportamento humano: depressão, angústias, dores e vitórias, todas elas explicadas à luz da Bíblia Sagrada.
Cláudio Moreira é pastor auxiliar da Igreja do Evangelho Quadrangular, onde é também secretário regional de Comunicação, vice-diretor da Escola Bíblica e coordenador regional dos ministérios de Música e Arte. Dois eventos marcarão o lançamento da primeira obra de Moreira: um, dia 05 de junho, sexta-feira, às 18 horas, no Sindicato Rural de São Gabriel, sob promoção da Associação Cultural Alcides Maya; e outro no domingo, às 19h, na Catedral da Fé, sede regional da Igreja do Evangelho Quadrangular (av. Francisco Hermenegildo, 898).

Sementes de Vitória

Olá.

Este blog será um espaço para reflexões sobre a vida e o cotidiano.

Sejam bem vindos!