segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sou Evangélico, mas não voto em Marina Silva



Sou forçado a, mais uma vez, pedir licença aos habituais leitores dos escritos devocionais deste espaço para, mais uma vez, tocar no árido terreno do cotidiano que nos cerca. Faço isso por julgar extremamente necessário. Quem quiser ir adiante na leitura, entenderá.


Uma certa onda de empolgação começa a se avolumar nas fileiras evangélicas, com o anúncio da pré-candidatura de Marina Silva à presidência da República pelo Partido Verde. Muito em breve, em se confirmando a notícia, surgirão comitês “evangélicos” pró-Marina, fazendo par com a militância ambientalista, de quem a ex-ministra se transformou em uma espécie de “símbolo”. É justamente por isso que a hipótese coloca tanto terror na candidatura de Dilma Rousseff, pois, se Marina estiver mesmo no páreo, muito do seu discurso simbólico perde o encanto frente a uma candidatura que é a própria encarnação das utopias da esquerda: mulher, com passado pobre, e ainda por cima, uma filha dos “povos da floresta”, para delírio das Ongs que contam com dinheiro europeu a fundo perdido.
Marina Silva é membro da Assembléia de Deus, a maior denominação pentecostal do país. Vale relembrar que a igreja de Marina é vista como uma espécie de reserva moral da igreja pentecostal, o que não é pouco, num cenário onde pululam as Universal e Renascer em Cristo da vida. Ano que vem, a se confirmar uma candidatura de Marina, veremos cenas que já foram vistas em eleições anteriores: pastores evangélicos desesperados para figurar como “papagaio-de-pirata” da candidata em eventos públicos, panfletos sugerindo que “irmão vota em irmão”, e outras cenas já vistas na campanha de Anthony Garotinho em 2002.
É prevendo isso que, num gesto solitário de quem não está acostumado ao espírito-de-manada que volta e meia toma conta do rebanho pentecostal que aviso: sou pastor evangélico, sou pentecostal, e apesar disso, NÃO VOTO em Marina Silva para a Presidência da República em 2010.
Não voto, porque não concordo com o discurso autoritário de que se deva votar em uma candidatura simplesmente por que a mesma se apresenta como ‘evangélica’, sem que se leve em conta sua biografia e as idéias que defende.
Não voto, porque Marina Silva sempre fez par com o pior tipo de ambientalismo – o que defende o imobilismo completo dos recursos naturais, em detrimento do desenvolvimento.
Não voto, porque Marina Silva está comprometida com Organizações indigenistas que defendem a falácia do “multiculturalismo”, em nome do qual se deveria tolerar o uso de psicotrópicos e o assassinato de bebês dentro de aldeias indígenas, somente porque “é típico da cultura deles”.
Não voto, porque Marina Silva e seu pupilo Carlos Minc costumam simplificar de forma grosseira as soluções para o meio ambiente, elegendo o agronegócio e os produtores rurais como inimigos. É mais fácil falar mal de quem planta soja do que prender quem desmata ilegalmente.
Não voto, porque Marina Silva defende o decreto irresponsável da Reserva Legal, que simplesmente congela 20% das propriedades rurais do Rio Grande do Sul sob o falso pretexto de preservação, o que resultará na queda de 20% do PIB rural e em desemprego.
Não voto, porque Marina Silva é defensora do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, uma organização que invade, que rouba, que pratica cárcere privado, esbulho possessório e assassinatos, tudo isso debaixo de uma mística pretensamente religiosa.
Não voto, porque Marina Silva tem o apoio de organizações e partidos defensores do aborto e de outras bandeiras do relativismo moral.
Marina Silva não me representa. E certamente não representará a muitos que concordam com este artigo.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Odres Novos...


“Não se põe vinho novo em odres velhos, do contrário os vinhos romperiam os odres e se perderiam ambos. Mas coloca-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam”. (Marcos 2:22).

Incontestavelmente, Jesus era um mestre na arte de educar e comunicar. Ao contrário dos fariseus de ontem e dos teólogos de hoje, sempre em busca da palavra mais rebuscada, que mais esconde que revela, Jesus explanava as verdades espirituais de uma forma acessível, usando expressões e figuras de linguagem conhecidas daquele povo campesino. Conseguia, desta forma, se fazer entender tanto pelo povo simples quanto pelo erudito sofisticado, ainda que seja forçoso reconhecer que estes últimos demoravam muito mais a entender sua desconcertante clareza.
É o que ocorre nesta passagem do vinho novo em odres novos, um jeito criativo de dizer que, na vida de qualquer ser humano, a prática dos princípios bíblicos sempre deve vir depois de uma transformação genuína no coração.
Quando eu era mais jovem, sempre que lia esta passagem pensava que o “odre” era algo vagamente parecido com um vaso de barro, como aqueles que volta e meia vemos nos filmes bíblicos. E ficava com a impressão de que, uma vez envelhecido, um odre já não tinha mais serventia. Felizmente, eu estava errado, pois Jesus jamais usaria uma comparação que pudesse dar este tipo de conclusão. Um odre, conforme o que se usava na época, nada mais era do que um tipo de recipiente feito com couro de cabrito. Tratava-se, portanto, de um vaso com bastante maleabilidade, e isso permitia que o vinho novo pudesse fermentar com bastante liberdade. O odre, com a fermentação do vinho, ia adquirindo as formas mais estranhas, mas com o passar do tempo, de fato se tornava enrijecido e quebradiço.
O odre, sem dúvida, representa o coração do crente. Quando temos um coração “novo”, ou seja, renovado por uma fé viva, estamos aptos a receber o vinho novo da Palavra de Deus. No entanto, com o passar do tempo, infelizmente muitos vão deixando de ser sensíveis à voz interior de Jesus, e vão ficando com o coração enrijecido, que se quebra diante de qualquer dificuldade.
Mas algo maravilhoso que eu aprendo a respeito desta palavra, é que um odre velho podia voltar a ser novo. Os vinhateiros tinham o costume de restaurar os odres velhos umedecendo o couro com óleo. Quem estuda o Velho Testamento sabe que o óleo é um símbolo do Espírito Santo, cuja força reanima a vida daqueles que já estão com o coração pesado, cansado e quebradiço.
O vinho de Deus envelheceu dentro do seu coração? Sente-se insensível ao agir de Deus? Peça para o óleo do Espírito Santo renovar sua vida, e com certeza coisas novas da parte de Deus virão até você!
Deus te abençoe abundantemente.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A Oposição contra Deus


"Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses; e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu. Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse. Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação.". Apocalipse 13:5-7

Quero pedir licença aos leitores deste espaço, acostumados a reflexões mais devocionais, para abordar um tema mais focado no nosso cotidiano atual, mas que também tem sérias implicações espirituais. Diante de um noticiário com tantos escândalos na política, um assunto de grande relevância passou desapercebido. A Procuradoria Regional dos Direitos Humanos de São Paulo, um braço do Ministério Público, ajuizou uma ação civil pública pedindo que a União remova bíblias e crucifixos das repartições públicas federais. A argumentação da ação: o Estado brasileiro é laico, e não poderia ostentar símbolos de uma crença sem “ofender” as demais. Noutro episódio, recentemente, a Confederação Brasileira de Futebol anunciou a intenção de proibir que os jogadores utilizem, embaixo de seus uniformes, camisas com frases bíblicas ou de qualquer outra motivação. A justificativa, neste caso, é parecida com a outra: a manifestação de fé de um ou outro jogador (os evangélicos, principalmente), pode “ofender” alguma pessoa.
O que está em curso, tanto na ação judicial quanto na decisão desportiva, é uma marcha de aberto preconceito anticristão. Estão corretos os que dizem que o Estado brasileiro é laico (não endossa nenhuma religião oficial), mas Estado laico não significa Estado laicista (que promova abertamente a não-religiosidade), muito menos Estado ateu (que proíba claramente a crença em Deus). E vale dizer que a boa doutrina política consagra que um país não é formado somente pelo Estado (aqui entendido como o governo). Um país é formado por Estado, Território e Nação. O Estado brasileiro pode ser laico, mas a Nação, a imensa maioria da população, professa a fé em Deus.
Em nome de uma falsa razão, está em curso um pensamento típico de regimes totalitários. Não se pode simplesmente apagar a Bíblia e a Cruz da história da nação, como se a fé cristã não tivesse tido qualquer participação na formação sócio-cultural do país. Não se pode impedir que um jogador de futebol, ou qualquer cidadão, manifeste abertamente sua fé, sob falsos pretextos de “ofender” alguém. Ora, que valores tão ofensivos uma camiseta com frases bíblicas pode encerrar? A mensagem do amor ao próximo? O perdão? A convivência solidária? Em que isso pode deixar alguém “constrangido”? Com todo o respeito, se alguém se sente constrangido por essa mensagem, o problema é de quem se constrange, não da mensagem ou do mensageiro.
É preciso que os cristãos estejam vigilantes, e se preparem. O livro de Apocalipse fala claramente a respeito do Espírito do Anticristo. A Segunda Carta aos Tessalonicenses, capítulo 2, versículo 4, afirma que esse espírito “se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou objeto de culto; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus”. A Falsa Razão, que tenta assumir o lugar de Deus no mundo e na história, já está fazendo das suas.
Deus te abençoe abundantemente.