quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Missão Autêntica x Missão Errônea


“Porque onde estiver o seu tesouro, aí estará também o seu coração” (Mateus 6:21)

Todos nós temos um propósito na vida, e identificá-lo é fundamental para viver uma vida de qualidade. Todo ser humano foi criado por Deus para cumprir um objetivo, uma missão, algo que seja nossa marca distintiva na geração a que pertencemos. Quando não cumprimos a missão para a qual Deus nos criou, acabamos achando outra coisa pro seu lugar, porque o ser humano simplesmente não pode viver sem propósito algum. Quando isso acontece, substituímos nossa missão autêntica, fazendo a vida girar em torno de algum outro objetivo egoísta e sem sentido. O resultado desta opção é sempre autodestrutivo, com a sensação de estar andando em círculos, sem sair do lugar, sem chegar ao alvo que Deus estabeleceu.
A Bíblia está cheia de relatos de homens e mulheres que, tendo uma missão especial dada por Deus, sucumbiram á sua Missão Enganosa. Adão e Eva, tendo recebido de Deus a missão de povoar a Terra e viver em intimidade com Deus, optaram pela missão enganosa mais comum: “ser como o próprio Deus”. Sansão, nascido para liderar o seu povo com justiça, sucumbiu diante de uma Missão Enganosa que o levava a buscar prazer e satisfação a qualquer preço, e acabou nas garras de uma mulher que levou embora toda sua força. Judas Iscariotes, tendo sido escolhido como um dos doze assessores diretos de Jesus, sucumbiu à ganância, e encontrou o remorso e o suicídio. Provavelmente você também conheça exemplos de pessoas que, mesmo tendo beleza, inteligência, e uma série de outros dons, acabaram sucumbindo à uma missão enganosa, que resume os objetivos reais da vida: conquistar aplauso, evitar frustrações a qualquer preço, satisfazer o ego em primeiro lugar... A missão enganosa diz respeito àquilo que realmente fazemos, não o que pensamos fazer.
No entanto, e felizmente, a Bíblia nos apresenta exemplos de pessoas que superaram sua missão enganosa e abraçaram o que Deus tinha pra suas vidas. Maria, mãe de Jesus, arriscou a reputação e o casamento ao aceitar a gravidez do Espírito Santo para obedecer a Deus. José do Egito evitou a vingança contra os irmãos para manter a unidade da família de onde, milênios mais tarde, viria o Messias. Jesus, mesmo pressionado para influenciar as pessoas sem sacrifícios, cumpriu a missão que Deus lhe dera: a Cruz, onde semeou nossa salvação.
Todos nós temos uma missão autêntica dada por Deus, e uma missão enganosa, com a qual nos entretemos. Descobri-la é fundamental para ter uma vida de qualidade. Faça um honesto auto-exame, e quando você sentir o “dedo na ferida”, terá identificado o propósito errôneo contra o qual deve lutar. Podemos viver de ilusões e alegrias momentâneas ou viver a plenitude que Deus tem pra cada um de nós. A escolha é sua.
Deus te abençoe abundantemente.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Usando a Chave de Davi



Porei aos seus ombros a chave da casa de David: há-de abrir, sem que ninguém possa fechar; há-de fechar, sem que ninguém possa abrir (Isaías 22;22)

Nos diversos livros da Bíblia Sagrada, alguns deles escritos com espaços de séculos entre si, podemos encontrar algumas expressões simbólicas recorrentes. A expressão “Chave de Davi”, por exemplo, surge nas proclamações proféticas de Isaías, e também aparece, mais de 700 anos depois, no livro de Apocalise, numa das sete cartas enviadas pelo já velho e exilado apóstolo João às sete igrejas da Ásia Menor (atual Turquia), mais especificamente na carta à igreja de Filadélfia, praticamente repetindo as expressões do profeta hebreu: “Dar-te-ei as chaves de Davi, que fecha e ninguém abrirá, que abre e ninguém fechará” (Ap 3:7).
Como toda expressão simbólica, o significado das Chaves de Davi sempre foi controverso ao longo da história. Alguns teólogos católicos afirmavam que esta passagem autorizava a existência do pontificado romano, insinuando que a Chave de Davi seria a insígnia característica do emblema do Vaticano. Porém, os próprios teólogos católicos ressaltam que o símbolo do papa são as chaves de Pedro, o Apóstolo, não de Davi, que a rigor, foi um pastor e um rei, não lidava diretamente com chaves, no sentido estrito.
Se a Bíblia garante que a Chave de Davi é algo necessário para abrir portas que ninguém poderá fechar, então devemos entender o que de fato elas representam. O Antigo Testamento nos mostra que, desde sua tenra idade como pastor de ovelhas até o final de sua vida como o maior rei da história de Israel, Davi manteve uma característica: o Louvor a Deus. Com sua harpa, aplacava os demônios interiores de Saul, e como rei, compôs salmos e hinos que constituíam parte fundamental da religião judaica, e até hoje fazem parte da Bíblia cristã.
A Chave de Davi, sem dúvida, é o Louvor. E os Filhos de Deus, ao aceitarem servir a Jesus, recebem espiritualmente a posse das Chaves de Davi, ou seja, a capacidade de usar o Louvor como ferramenta capaz de abrir portas fundamentais na nossa vida. Quando, ao invés de reclamar no meio de uma dificuldade, cantamos um louvor de exaltação a Deus, estamos usando a mais poderosa ferramenta que nos foi dada para triunfar sobre as adversidades.
As Chaves de Davi pertencem a todo Filho de Deus. Use-as sempre que precisar. No meio da luta, da maior dificuldade, louve a Deus com fervor, e você receberá o poder necessário para vencer gigantes.
Deus te abençoe abundantemente.